A princípio a ideia não se passa de um sonho, utopia. Na prática demoraria 2 ou 3 governos para ser implantado, testado, ajustado e colocado em pleno funcionamento. Resultados esperados? Satisfação da população com a prestação dos serviços públicos. Organizar uma prefeitura é como cuidar de um jardim. Se deixar ao sabor da Natureza o mais forte toma conta, nem sempre é o mais adequado. Ervas daninhas tomam conta e o trabalho se torna maior.
Democracia às vezes tem se demonstrado uma saída insipiente aos nossos problemas. Olha a lambança da saída da Inglaterra do bloco europeu. Ou até mesmo a possível e real entrada de um extremista como Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Todos os resultados alcançados com o voto. 1989 foi o ano que caiu o muro de Berlim, 2016 construímos novas divisões nas políticas internacionais.
Para Christopher Achen (Princeton) e Larry Bartels (Vanderbilt), no livro “Democracy for Realists”, a teoria popular da Democracia não se demonstra tão válida quanto se parece. Exemplos como o Brexit ou Trump podem nos dar essa visão. Para os autores os indivíduos “pensam” votar conscientemente, mas muitas vezes o que fazem é movido por paixão e lealdade social. Mas não ache que outro modelo é melhor, o estudo deles mostra que apesar de tudo é a forma de Governo mais adequada, nossa sobrevivência!
Pensando assim, seja qual for o governante, ele terá que ser mais que carismático. Outras competências terão que lhe acompanhar, como por exemplo: poder de administração, negociação e visão empreendedora. O que muito falta nos nossos políticos, pelo menos por essas bandas de cá da linha do Equador.
Fonte: “Por que democracias fracassam”, Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 24 de julho de 2016.