Analfabetismo funcional já foi tema de artigo aqui no Jornal de Negócios. Trata-se de uma parcela considerável da população que lê, escreve e não consegue compreender. Para as estatísticas é alfabetizado, para a sociedade um desastre.
Estamos nos comunicando de maneiras e tecnologias diferentes, mas não estamos nos entendendo. Nesta semana um engenheiro me procurou pedindo para sair de grupo de WhatsApp que mantemos sobre Gestão, Engenharia e Tecnologia. Alegou que as mensagens chegavam e o incomodava. Será que ele não poderia colocar no silenciar, filtrar o que lhe interessava e manter assim a rede de relacionamentos?
Comunicar e se fazer entender é o desafio do dia-a-dia. O professor compete com as redes sociais e os aplicativos de troca de mensagens. O aluno não aprende e depois culpa o docente que estava ali se esforçando para dar o máximo de si. Mudança dos tempos? O aluno é geração Y? Milenial? Mas cadê o respeito pelo trabalho um do outro?
No artigo anterior (sobre o cartel das empadas) quis chamar a atenção de uma pesquisa um pouco fora do contexto do Procon da Câmara Municipal. Não conheço as pessoas que a fizeram, mas deveriam ter usado seu precioso tempo e dinheiro público em ir atrás de encrenca e não dos coitados e sofridos comerciantes das lanchonetes. A encrenca está onde se vende o gás a R$70,00, a gasolina com o preço quase igual em todas as bombas da cidade, a água mineral e por aí vai. Procon, vá mais a fundo, encare os reais problemas econômicos e que prejudica a livre concorrência da cidade.
Dois ou mais críticos de Facebook acharam que a matéria era uma afronta a inteligência deles. Afinal, empadas não são o maior problema da cidade. Acompanhando a discussão ficou claro que nossos brancaleônicos amigos não leram o artigo por completo.
Viva Dona Marlene Valadares! Viva Dona Geralda Pontes! Nossas eternas e tão presentes professoras de Português que nos mostraram a importância da leitura e da compreensão dos textos. As hemerotecas, senhores pais que me leem, são estudos de textos do cotidiano com a poderosa função de nos diferenciar e nos dar capacidade analítica e crítica diante da vida, dos fatos, do nosso trabalho!
Aproveite seu Carnaval: ao invés de ir pegar sapinho (candidíase oral) vá ver O Exército de Brancaleone, do Monty Python, sua vida irá mudar, prometo.