No último sábado choveu forte e algumas fazendas e empresas no entorno da BR-262 ficaram sem energia. Houve até um casamento que de última hora precisou alugar um grupo gerador para não deixar a festa parar. Vejam só como este noivo foi precavido, sabendo da importância do momento, não pensou duas vezes, ligou e contratou um serviço de energia de emergência.
Parece que a COPASA em Bom Despacho está precisando contingenciar melhor. Em outras palavras, faltar água por 2 dias seguidos significa que os 2 reservatórios existentes na cidade (Cruz do Monte e Olegário Maciel) não estão dando conta do recado. Significa também ter um contrato corporativo, assim os custos ficariam menores para prover um grupo gerador em momentos os quais a CEMIG falhar com seu fornecimento.
Para uma população de 50 mil habitantes o consumo diário seria algo próximo de 3.850.000 litros de água. Os nossos 2 reservatórios (informações da COPASA) chegam a 3.500.000 litros. Ou seja, a cidade cresceu e está precisando ampliar suas reservas de água. Com o aumento de períodos secos, esta ação se torna estratégica. Governos Municipal e Estadual precisam conversar mais sobre isso.
O conjunto moto-bomba que faz a capitação de água do Rio Capivari até o tratamento da COPASA tem um alto consumo energético. O aluguel diário de um gerador de emergência não teria custo diário menor que R$10 mil, veja bem, isso é por dia. Muito caro. Comparado ao que pagamos pelo consumo de água, custos assim recorrentes poderiam onerar nossa conta mensal.
Transportar e fornecer conjuntos geradores de energia de emergência já é possível e existem empresas especialistas na capital mineira como Locline, Orguel, Stemaq, DCML, dentre outras. Essas empresas atendem grandes mineradoras e sistemas muito mais potentes que os 1.650 kVA necessários às bombas da COPASA. O deslocamento e instalação desse tipo de equipamento também é fácil, principalmente com uma rodovia praticamente duplicada e bom asfalto.
Os serviços públicos de água, luz e telefonia estão ficando saturados. Se as concessionárias não cumprirem rigorosamente com seus contratos e não se preparem para os vieses, continuaremos a ter problemas. Multar não tem se tornado uma saída eficiente. É preciso diálogo entre o poder público, os habitantes, prefeitura e concessionárias, como por exemplo a COPASA.
PS: a COPASA poderia notificar e solicitar ressarcimento do prejuízo causado pela CEMIG?