A falta dos combustíveis mostrou nossa fragilidade diante de situações corriqueiras. Ficamos 10 dias sem abastecimento e um verdadeiro caos se instaurou. Faltou alimento, condições de ir ao trabalho e muita dificuldade em compreender o outro.
Se com os derivados do petróleo aconteceu isso, imagina o que vai ocorrer com a falta de água. Até o momento o problema não bateu à nossa porta, mas é um fantasma que assombra nossa cidade.
Nesta semana procurei a Secretaria Municipal de Administração, em Bom Despacho, e o setor de Comunicação Corporativa da Copasa, em Belo Horizonte. Na quarta à tarde recebi no nosso escritório na capital mineira um comunicado da Copasa dizendo que responderiam ao e-mail enviado por mim. Até o momento em que fechei este texto, no início da noite de quinta-feira, 7/6, a Copasa não se pronunciou.
Vejamos o que o Denis Carvalho, secretário municipal de Administração, nos respondeu:
Ítalo: O que a Prefeitura tem feito atualmente para evitar o problema de falta de água no município de Bom Despacho?
Denis: De imediato não se prevê falta d’água, vez que a Copasa furou vários poços artesianos. Embora não seja a solução ideal, para este ano e o próximo, o fantasma da falta de água é considerado afastado.
Ítalo: Quais medidas estão sendo tomadas para avaliar a quantidade e a qualidade da água na cidade?
Denis: A qualidade da água é aferida regularmente nos laboratórios da Copasa e também em laboratórios independentes, como o da Hemodiálise. Até o momento, os resultados indicam água de excelente qualidade para o consumo humano. Quanto à quantidade, a do Rio Capivari é evidentemente insuficiente, como ficou demonstrado na seca do ano passado. Mas, com vazão adicional dos poços artesianos que aumentam em mais ou menos 80% a oferta do ano passado, de imediato não deverá haver falta de água na torneira.
Ítalo: Teremos novo racionamento?
Denis: Não há expectativa de novo racionamento em 2018 ou 2019 mesmo que as condições climáticas sejam iguais ou piores do que as de 2017. Para a solução definitiva do problema, a Prefeitura aguarda posicionamento da Câmara quanto à aprovação (ou não) da lei que cria a empresa municipal de águas para tomar o lugar da Copasa em Bom Despacho.