Se dez vezes me perguntarem o que deve ser feito para tornarmos uma cidade melhor, dez vezes direi: Educação. Tudo não passa do que temos como referência em nossa casa e depois reforçamos em nossas escolas. A maior causa da violência atual é a evasão escolar de crianças e jovens. Uma vez na rua, a perdição é quase certa.
Tomem como base dois amigos. Ambos estudaram juntos até o primário na Escola Coronel Robertinho. Veio a adolescência, um dos amigos decide por vontade própria parar de estudar. Os pais em casa não tomam nenhuma ação, dizem que não conseguem mais segurar aquele garoto. Pouco tempo depois a rotina de visitas a Delegacia e Fórum se torna a via crucis daquela família.
Não é a quantidade de horas em sala de aula que irá determinar o futuro daquela criança. Mas sim a qualidade e a motivação para estar ali. Se dez milhões na conta da Prefeitura eu tivesse, investiria R$ 15 milhões (faria uma dívida sim) na Educação em todos os seus níveis na cidade. Seja na zona rural ou urbana, somente poderemos nos gabar de prêmios e realizações depois que tivermos um desenvolvimento sustentado em conhecimento para a ação.
Observando indicadores dos últimos 17 anos, Censo 2000 e Censo 2010, o IDG geral de Bom Despacho tem pouca variação. Mas os problemas sociais vivenciados por todos na cidade, seja na periferia, nos abonados bairros ou no centro, têm como causa aquela criança ou jovem que abandonou a sala de aula, de um jeito ou de outro.
Os pais já não sabem o que fazer. Diante disso. cabe-nos propósito e atitude. O propósito de que é necessário dar ocupação e conhecimento aos jovens e a atitude de investir fortemente num programa educacional capaz de gerar frutos agora, daqui a 5, 10 e 15 anos.
Não queremos ser mais a Cidade Sorriso, queremos ser a Cidade da Educação!