* Artigo Originalmente publicado no Jornal GAZETA, em Outubro/2017.

 

Expectativas, Interesses e Escopo, três palavras que nos remetem a ações e consequentemente nos cobram decisões o tempo todo, na nossa vida profissional ou pessoal. As expectativas compreendem tudo o que esperamos em relação ao que contratamos ou compramos. Interesses são intenções no entorno da execução ou não daquele empreendimento. Por fim, o Escopo é aquilo que combinamos ao contratar ou vender produtos ou serviços.

Para o bem ou para o mal, quem contrata tem mais clareza do que espera receber. Seus interesses são maiores e assim delimitam um escopo que muitas vezes vai além do contratado. Neste caso expectativas não serão atendidas e uma série de problemas irão surgir.

Todo início de projeto, seja público, privado, obra, TI, Marketing, e principalmente quando há troca de gerentes de projetos (e suas trupes), nos gera uma série de expectativas, refletidas principalmente nas infindáveis promessas da época de comercialização do empreendimento. Quando compramos uma garrafa de água mineral nossa expectativa é tão primária que nem questionamos muito: matar a sede. Avaliar se fomos atendidos pela garrafinha é algo tão simples e binário: sede não existe mais ou sede ainda persiste.

Ao sermos requisitados a desenvolver algum produto ou entregar algum serviço, essa equação tem mais variáveis e fica mais complexa. Existem as expectativas de quem vai usar o produto (ou serviço), de quem comprou (quem usa nem sempre é quem compra, isso principalmente nas grandes empresas com seus setores de suprimento), quem vende não é tão comum ser quem vai desenvolver a solução para atender o cliente final. Temos aqui 4 entidades (usuário, comprador, vendedor, desenvolvedor) que têm expectativas diferentes, interesses diferentes a defender e ao final um escopo a ser gerenciado por todos eles.

O gerente de projetos, aquele que tem sede e o usuário final de um serviço (ou produto) precisam se encontrar alertas e não criar expectativas maiores que não possam ser factíveis de terem solução, interesses claros que poderão ser ou não atendidos e uma série de itens (conforme a complexidade de cada situação) que precisa ser acompanhado de perto.

O escopo (ou âmbito) é tão sublime e primário que passa desapercebido da atenção de todos os envolvidos e somente com o passar do tempo, quase no final, que todos se preocupam em verificar se está sendo atendido ou não. Criar expectativas dentro de interesses claros para todos e tudo descrito dentro de uma boa gestão de escopo, vai mostrar, por exemplo, para a parte interessada, o que será feito agora, depois e o que não será feito.

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