Desde meados de 2012 estamos presenciando o desaquecimento de projetos para mineração de ferro, óleo e gás e siderurgia. É verdade que áreas como Ferrovias e Construção Civil ainda continuam demandando trabalho para engenheiros e arquitetos, mas em menor rítimo.
Esse movimento é cadenciado por anúncios de projetos cancelados, projetos paralisados, sem previsão de retorno, fechamento de unidades operacionais, demissão de pessoal e cancelamento de contratos com fornecedores, desde empresas projetistas (engenharia consultiva) a equipamentos (até mesmo detentores de tecnologia).
E como ficam os profissionais envolvidos? Vou mais além: como fica o capitual intelectual desenvolvido?
Não cansamos de ver em artigos e noticiários o drama que passamos nos anos 80 e 90 com a engenharia nacional. Tudo isso ao ponto do governo privatizar (fechar) empresas próprias estatais que fomentavam o desenvolvimento tecnológico nacional. Sem engenharia não se fazem pontes, estádios, indústrias, ferrovias e tudo necessário para o crescimento do país. Também sem engenharia não se faz a correta manutenção do parque existente de fábricas, infraestrutura de transporte e outros mais exemplos. A Economia fica em risco, nossa segurança pessoal também.
O movimento a partir do ano passado foi sentido assim: primeiro os colegas das empresas projetistas começaram a perder seus postos de trabalho, em seguida aqueles que atuavam em projetos de fabricação de equipamentos ou construção. A preocupação maior esta semana se deu ao sabermos da finalização de grandes obras no Estado de MG que irão ofertar ao mercado mão de obra para construção e montagem eletromecânica. O quadro já não é bom e merece atenção.
É motivo de desespero? Não, pois existem saídas: a manutenção e melhorias de processos fabris pode garantir a sobrevivência do conhecimento até agora adquirido (e repassado) sobre técnicas importantes para o nosso desapego tecnológico.
Quer saber outra saída? A criação pelo Governo Federal do órgão “Engenharia Geral da União”. Semelhante a Advocacia Geralda da União e Controladoria Geral da União, a instituição iria agregar todas as necessidades técnicas de engenheiros e arquitetos dos órgãos governamentais (Polícia Federal, DNPM, Ministérios, etc) e assim fomentar a retomada de ofertas de emprego na área.
Avaliando pelo politico e estratégico: entidades de classe da engenharia e arquitetura (CREA, CAU, Institutos de Engenharia, Associações de Engenharia) e sindicatos (SINAENCO, SENGE) poderiam fazer apelos aos governos Federal e Estadual para que o plano de desenvolvimento local e nacional aconteça e venha a demandar oportunidades e não permitir a perda do conhecimento até agora incorporado em jovens engenheiros.
Por fim a preocupação é maior com as especializações atribuídas a diversos profissionais nas áreas técnicas e gerenciais que não podemos deixar se perder. É necessário um plano de recuperação da Engenharia Nacional urgente e abrangente. O País precisa, os engenheiros e arquitetos agradecem!
Painel
#fotobd: desta vez a participação veio da engenheira Fernanda Araújo, utilizou um celular e o aplicativo Instagram, foi tirada na sua fazenda em Bom Despacho, no momento em que o pessoal debulhava o milho a moda antiga.
MBA em Brasília: quem assumiu a coordenação do MBA em Gerenciamento de Projetos foi o bondespachense e engenheiro Belmiro Cardoso. A pós irá acontecer na Universidade Católica de Brasília. Boa notícia para os conterrênos em BSB.