Significado de coivara segundo o Dicionário Aulete:
(coi.va.ra)
sf.1. Conjunto de galhos e ramagens remanescentes de queimada na roça, e que se queima para limpar o terreno ao mesmo tempo que se o aduba com as cinzas: “…Grande parte foi a coivara que simplesmente se desmanchou em monturo…” (Gilberto Freyre, A cana e a mata)) 2. MA Conjunto de galhos e ramagens que descem os rios nas cheias. [F.: Posv. do tupi.]
Índios já utilizavam o sistema da coivara, ou queimada, para preparar o terreno para o plantio. Após diversas queimadas e plantios consecutivos, o solo ficava empobrecido, obrigando a tribo a se deslocar em busca de terrenos mais férteis. Isto explica, em parte, o seminomadismo de algumas tribos.
Nessa quarta (28), queimada no Piauí provocou blecaute no Nordeste, diz agência de notícias do Governo Federal. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informaram que a interrupção no fornecimento de energia que atingiu a Região Nordeste na tarde desta quarta-feira (28) foi causada por uma queimada em uma fazenda no município de Canto do Buriti. Com isso, houve o desligamento de linhas de transmissão.
As queimadas próximas às Linhas de Transmissão de eletricidade, inevitavelmente acabam atingindo os cabos elétricos de alta tensão, desligando grandes regiões em seu entorno. O que muitos profissionais não sabem é que mesmo não atingindo a rede, as queimadas podem colocar em risco o abastecimento de energia.
Neste período do ano, que é menos chuvoso e se estende de abril a novembro, é que as ocorrências tendem a aumentar. Engana-se quem pensa que para provocar curtos-circuitos nas linhas de alta tensão é necessário que as chamas encostem nos cabos elétricos. O calor das queimadas e o campo ionizado em volta desses fios são suficientes para criar um efeito chamado de arco-voltaico. Daí para o desligamento das linhas é um passo apenas.
A exemplo de todos os anos no início do período seco, as companhias de energia (na região do Centro-Oeste Mineiro é a CEMIG) alertam seus clientes para os perigos da queimada próxima à rede elétrica, pois pode provocar falta de energia e até acidentes graves com a população. O alerta é feito em chamadas pelo rádio; nas contas de energia e também em contatos diretos com os consumidores. “É muito comum em nossa região o uso de fogo na agricultura, mas é muito importante procurar o Naturatins para saber como usar o fogo de maneira controlada sem causar danos ao meio ambiente e nem prejuízos”, ressalta o coordenador de Meio Ambiente da Celtins (Tocantins), Miguel Pinter Junior.
Segundo a lei, a queimada tem que ser de, no mínimo, cem metros de qualquer subestação de energia elétrica. Em área urbana a utilização do fogo é proibida e perigosa, porém não impede que as pessoas façam as queimadas constantemente. “Fogo não é a única opção para nada, às vezes é até um ato de má fé que pode atingir postes, redes de distribuição e interromper fornecimento de energia das escolas, hospitais, empresas, indústrias, órgãos públicos, entre outros” ressaltou Miguel.
Conforme a Centins, de acordo com o o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Tocantins é o segundo estado com maior número de focos de queimadas, portanto é preciso da colaboração da sociedade, denunciando os focos de queimadas aos órgãos públicos ambientais. A vegetação e o clima favorecem para queimadas que podem se tornar graves incêndios, portanto é necessária a conscientização da sociedade, pois a interrupção de energia causada pelo fogo pode deixar inúmeras pessoas sem energia e o reparo de uma rede de distribuição pode demorar bastante tempo.
Fonte: Celtins, Aulete, Wikilivros, Portal CT, Agência Brasil de Notícias