Uma análise PESTEL é uma ferramenta estratégica que ajuda a identificar fatores macroambientais que impactam uma organização ou projeto. O acrônimo, que apareceu nos trabalhos de Francis Aguilar (1967), representa a organização de fatores Políticos, Ambientais (Environment), Sociais, Tecnológicos, Econômicos e Legais. Usada no marketing e na gestão de projetos, ela oferece uma visão ampla das forças externas que podem influenciar o sucesso da implantação dos empreendimentos industriais.

A análise deve ser revisada semestralmente, permitindo às empresas detectar mudanças no macroambiente e ajustar suas estratégias para manter uma vantagem competitiva. Ao identificar essas forças externas, as organizações conseguem se preparar melhor para responder a desafios e aproveitar oportunidades, fortalecendo sua posição no mercado.

Além disso, a PESTEL complementa a análise SWOT, ajudando a identificar pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. Ao integrar essas ferramentas, as empresas conseguem uma visão mais completa do cenário em que operam, permitindo decisões mais informadas e estratégias mais eficazes para enfrentar os desafios do mercado.

DISCLAIMER: o estudo aqui apresentado é apenas uma ideia ou um grupo de insights colhidos sem nenhum rigor científicos. Caso utilize alguma informação a seguir ou nas outras partes deste trabalho, não nos responsabilizamos. 

Esta foi a metodologia identificada para listar os principais Riscos, como fatores de ameaças aos projetos. A breve pesquisa foi feita com 15 profissionais C-Level com empresas atuantes em todo o Brasil. Obtivemos respostas de 7 desses profissionais, o que já representa uma boa gama de insights para elaboração de planos de riscos mais consistentes.

Risco identificados juntos aos profissionais C-Level (cenário Brasil) para 2025:

* A seguir estão as respostas dos 7 profissionais brasileiros C-Level, com o texto organizado conforme a Análise PESTEL.

🟢 Políticos:

  • Aprovação de verbas parlamentares sem prestação de contas.
  • Aumento dos gastos públicos acima da arrecadação, ampliando o déficit fiscal.
  • Restrição de investimentos externos devido ao posicionamento ideológico em conflitos globais (Rússia x Ucrânia; Israel x Hamas).
  • Desalinhamento entre capitais (BH, SP, RJ) e o Governo Federal, dificultando investimentos.
  • Proibição de repasse de emendas parlamentares por falta de transparência (STF).
  • Instabilidade governamental, com possíveis cortes em programas habitacionais.
  • Políticas protecionistas e demagógicas, ignorando impactos financeiros futuros.
  • Ações contrárias ao livre comércio e desgaste da imagem do Brasil no cenário internacional.

🟢 Ambientais:

  • Descontrole das queimadas ilegais na Amazônia e no Centro-Oeste.
  • Burocracia e demora na emissão de licenças ambientais, afetando projetos estratégicos.
  • Eventos climáticos extremos em escala global.
  • Ideologização das questões ambientais, desestimulando investimentos.
  • Falta de profissionais qualificados para atender às demandas ambientais.

🟢 Sociais:

  • Degradação do ensino público básico e superior.
  • Ausência de critérios claros para destinação de verbas educacionais.
  • Benefícios sociais desestimulando a força de trabalho produtiva.
  • Falta de mão de obra qualificada e produtiva, agravada por evasão educacional e baixa qualificação técnica.
  • Incapacidade de aquisição de habitação pela população de baixa renda devido à alta de juros.

🟢 Tecnológicos:

  • Redução de investimentos em pesquisa e desenvolvimento nas universidades públicas.
  • Uso intenso de Inteligência Artificial sem regulamentação no Brasil.
  • Baixa capacitação técnica, reduzindo a competitividade global do Brasil.
  • Dependência de tecnologia externa, agravada pela alta do dólar (acima de R$ 6).
  • Falta de incentivos para institutos de pesquisa e desenvolvimento.
  • Escassez de mão de obra qualificada para operar tecnologias avançadas.
  • Jovens desinteressados em formação técnica.

🟢 Econômicos:

  • Aumento da taxa Selic, tornando o capital mais caro e desestimulando investimentos industriais.
  • Fuga de investidores, com R$ 24 bilhões deixando o Brasil em 2024.
  • Unificação de impostos (IVA) onerando o setor de serviços.
  • Inflação crescente e perda de valor da moeda.
  • Obras públicas com custos irreais, desestimulando empresas qualificadas.
  • Aumento do custo de insumos, impactando setores produtivos.
  • Baixa industrialização, limitando a empregabilidade de mão de obra qualificada.

🟢 Legais:

  • Insegurança jurídica, com decisões judiciais frequentemente revertidas.
  • Retrocesso em legislações como o “Marco Temporal” para terras indígenas.
  • Indefinição de marcos legais importantes, como o Marco Civil da Internet.
  • Contratos leoninos impostos por partes com maior poder de negociação.
  • Reformas tributárias com impactos ainda desconhecidos.

 

Análise dos Riscos por categorias:

Bônus:

Referências:

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